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Áreas de trabalho

O projeto ESTRAEE estrutura-se em quatro atividades principais que vão desde as obras nos ecocentros à elaboração de uma ordenança e da análise de ciclo de vida dos materiais até a bolsa de recursos

1. Adaptação de ecocentros/pontos limpos

A atividade compreende a adequação de 18 ecocentros ou pontos limpos (9 na Galiza e 9 no norte de Portugal), de forma que com a casuística da sua posta em funcionamento se exponham diversidade de soluções.

Para isso realiza-se um estudo prévio que determina as atuações básicas em cada ponto limpo para a sua adaptação à legislação vigente, alcançando-se um desenho com a maior eficiência nos processos de Reutilização e Reciclagem dos Aparelhos Elétricos (RAEE) e os seus resíduos.

A seguir realizam-se as obras e a subministração dos equipamentos necessários através da contratação por parte da própria Deputação de Pontevedra nos centros em território espanhol e de LIPOR no caso dos localizados em território português.

Uma vez listas as obras planifica-se a posta em marcha dos ecocentros aplicando os procedimentos e protocolos estabelecidos pelo grupo de trabalho formado pelos sócios de ESTRAEE.

2. Modelo de ordenança autárquica para o tratamento de RAEE

Trabalha na elaboração de uma ordenança municipal comum que sirva para a normalização no âmbito local da gestão dos RAEE e os seus resíduos de origem doméstica.

Para obtê-la, os sócios trabalham conjuntamente recopilando documentação pela parte referida à gestão de resíduos, assim como à aplicação de metodologias de recuperação e reciclagem.

Toda esta informação destina-se posteriormente ao estudo para a elaboração da ordenança nos entes locais, cuja documentação se põe em comum para confeção de um primeiro rascunho que sirva como base para os correspondentes debates e consultas prévias aos serviços e atores pertinente.

Finalmente obtém-se o texto refundido que será elevado para a sua aprovação por parte de dois entes participantes, Deputação Provincial de Pontevedra e LIPOR.

Consulte os modelos de portaria

3. Análise de ciclo de vida

Empregando a metodologia da análise de ciclo de vida quantificam-se os parâmetros de sustentabilidade do processo de reutilização face ao de reciclagem. Para poder levar a cabo a comparativa desde o ponto de vista ambiental dos processos de reutilização parte-se da recolhida do resíduo até a sua integração de novo no mercado como um produto suscetível de ser reutilizado por um novo utente.

Em paralelo, a posta em marcha dos centros pilotos permitirá recolher um número importante de tabletas, smartphones, lavadoras e lava-louças, o que permitirá pôr em marcha as ações compreendidas nesta atividade, que se resumem em:

Definição do Manual de processos de reutilização de resíduos.

Este Manual descreverá ao detalhe o conjunto de processos necessários para a reutilização em função da tipologia de RAEE, prestando-lhe especial atenção à trazabilidade dos diferentes componentes e identificando os resíduos.

O Manual de processos conterá uma descrição pormenorizada dos passos para seguir na preparação para a reutilização. Redigem-se protocolos e guias de processo que analisam em detalhe os processos de captação, trazabilidade, desensamblagem, limpeza, teste de funcionamento, controlo e gestão de saídas ao administrador ou utente final.

A ação centra-se por uma banda na definição de processos de preparação de reutilização de tabletas e móveis e por outro de lavadoras e lava-louças.

Desenvolvimento do modelo de cálculo da análise de ciclo de vida (ACV)

Realiza-se um estudo comparativo de ACV do processo de preparação para a reutilização com a alternativa de reciclagem, analisando os resultados obtidos nos diferentes cenários de acordo com as categorias de impacto ambiental selecionadas.

Levara-se a cabo a análise de ciclo de vida dos produtos selecionados de tal modo que os resultados permitam quantificar em que medida a reutilização é a melhor alternativa de fim de vida para tabletas, smartphones, lavadoras e lava-louças desde o ponto de vista ambiental.

Para isso, é necessário articular a definição da unidade funcional para cada uma das tipologias de RAEE, a determinação dos cenários e os limites do sistema. Os dados de inventário obter-se-ão a partir dos registados durante o funcionamento dos protótipos de preparação para a reutilização para cada um dos RAEE objeto de estudo, bibliografia, fichas técnicas de fabricantes e bases de dados de reconhecido prestígio. O estudo realizar-se-á empregando uma ferramenta de software de ACV  (SimaPro).

Pilotos, tomada de dados e validação do modelo de cálculo

A posta em marcha dos processos de preparação para a reutilização de acordo com o estabelecido no Manual de processos permitirá a posta no comprado de um número determinado de itens suscetíveis de ser reutilizados por novos utentes.

O processo piloto para a reutilização de tabletas e smartphones acometera-se no lado espanhol, enquanto no lado português se abordará a gestão e preparação para a reutilização de lavadoras e lava-louças.

A posta em marcha dos centros pilotos permitirá a recompilação de dados empíricos da etapa de preparação para a reutilização (resíduos, consumos, matérias primas e recursos) que se lhe facilitarão a Energylab com o fim de obter os resultados do ACV da alternativa de reutilização face à reciclagem para cada um dos RAEE.

Esta atividade pretende apoiar a reutilização como a alternativa mais viável desde o ponto de vista ambiental para os RAEE favorecendo uma transição para uma economia circular. A proposta desta iniciativa vai dirigida à mudança para uma economia circular limpa de zero resíduos, e não de eliminação, com objetivos em curto prazo de reutilização e reciclagem mais estritos.

4. Bolsa de recursos e matérias-primas secundárias

Para a criação de uma bolsa de recursos e matérias-primas secundárias é necessário conhecer a proporção dos produtores que são candidatos potenciais do movimento dos diferentes produtos resultantes do processo de recuperação e reciclagem.

Para isso realiza-se em primeiro lugar um estudo exaustivo das necessidades de produto e a potencialidade dos recursos e matérias obtidas dos RAEE

A seguir expõem-se a construção de uma plataforma (desenvolvimento de software) que permita gerir a bolsa de recursos e matérias-primas, potenciando a saída destes produtos de uma forma ágil e ordenada e obtendo assim uma trazabilidade registrável da maneira e destino nas que os diferentes produtos se introduzem de novo no seu ciclo de vida.

A aplicação desenhada validar de forma que se possa utilizar gratuitamente e esteja ao alcance de qualquer gestor, produtor ou administração pública. É compatível com as desenvoltas a nível estatal, pois é exclusivamente para a gestão da bolsa de recursos e matérias-primas resultantes da gestão dos RAEE, não para o seguimento destes.

  • Meano
    Meaño
  • A Lama
    A Lama
  • Nigran
    Nigrán
  • Nogueira
    Nogueira (Maia)